segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A Buceta Cabeluda










A buceta da minha amada 
tem pêlos barrocos,
lúdicos, profanos.
É faminta
como o polígono-das-secas
e cheia de ritmos
como o recôncavo-baiano.






A buceta da minha amada
é cabeluda
como um tapete persa.
É um buraco-negro
bem no meio do púbis
do Universo.






A buceta da minha amada
é cabeluda,
misteriosa, sonâmbula.
É bela como uma letra grega:
é o alfa-e-ômega dos meus segredos,
é um delta ardente sob os meus dedos
e na minha língua
é lambda.






A buceta da minha amada
é um tesouro
é o Tosão de Ouro
é um tesão.
É cabeluda, e cabe, linda,
em minha mão.




A buceta da minha amada
me aperta dentro, de um tal jeito
que quase me morde;
e só não é mais cabeluda
do que as coisas que ela geme
quando a gente fode.


Poema de Braulio Tavares rescitado por Pedro Sena na XXIX Semana de Cultura dos Estudantes Ipiraenses.

3 comentários:

  1. Libidinoso Rhey...


    Buceta,vagina,chana,periquita entre tantos nomes que essa pedra preciosa tem, é um objeto de desejo de muita gente,com ela as mulheres conseguem tudo o que querem, apertam,seduzem,afagam,afogam,deixam-se ser consumidas,devoradas,saciadas...
    È um texto real,forte,sedutor,desses que ao primeiro olhar fica até agressivo,porem aos poucos vemos como é verdadeiro e eterno esse olhar apaixonado pela buceta.

    Muita Luz

    Alberto Pires

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  2. kkkkkkk Primeira vez que leio um poema que alguém fez com tanto afinco pra uma tabaca.
    Espero ansiosamente pelo poema do pinto.
    Bjos,Rhey e Alberto!

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  3. Buceta, buceta, bucetaaaa!
    Quem vai quereeer?
    Têm da preta, da branca e da moreninha!
    Têm peluda, cascuda e peladinhaaa!

    Arghhh! Eu não quero!

    Gostei do poema, que pena não ouvi no dia.

    Abraços!

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